Se você usa o LinkedIn, então já deve ter visto algum post sobre o plantão Linkedinho, um tipo de “noticiário” sobre empresas e virais da rede social corporativa. Apesar de as postagens serem uma mídia social para profissionais, os posts são bem-humorados e cheios de comentários ácidos. Saiba mais abaixo!
A Tatiany Lukrafka, criadora e responsável pelo conteúdo do Plantão Linkedinho. tem muito a compartilhar sobre os problemas do mercado de trabalho, principalmente os temas sobre demissão, saúde mental, comunicação e produção de conteúdo.
O Bruno Lacerda, ex-redator publicitário e estrategista de conteúdo de um banco, também usa o LinkedIn para falar algumas verdades, criando artes e memes com frases e situações sarcásticas sobre os pontos negativos do mercado de trabalho, como vagas ruins e processos seletivos injustos.
Esses dois profissionais têm muito a nos ensinar sobre ser autêntico no mercado de trabalho e provocar o sistema com bom humor e sinceridade, além de nos ensinar muito sobre a marca empregadora. Saiba mais a seguir!
Índice
- Quem é Bruno Lacerda?
- Bruno Lacerda e marca empregadora
- 1. Funcionário tem medo do RH
- 2. A culpa não é do recrutador
- 3. Employer Branding não é a piscina de bolinha
- 4. Descrição de vagas de trabalho que omitem informações
- 5. Empresas vendem algo que não podem entregar
- Quem é Tatiany Lukrafka?
- Plantão Linkedinho e marca empregadora
- O conto de fadas do Linkedin
- As demissões são sempre muito sensíveis
- Usar uma comunicação efetiva e honesta
- Há um conflito de interesses entre empresa e funcionário
Quem é Bruno Lacerda?
Para contextualizar quem são os profissionais que podem nos ensinar muito sobre a marca empregadora e o mercado de trabalho, apresentamos, primeiramente, o Bruno Lacerda.
Bruno é formado em Publicidade e Propaganda, com especialização em Branding (IED-Rio), Redação Publicitária (ESPM-Rio) e MBA em Gestão Estratégica de Marcas (UNINCOR).
Ele já trabalhou em agência, com games, com educação, com entretenimento e no mercado financeiro. As suas áreas dominantes são branding, marketing, copywriting e storytelling.
Bruno é carioca não-praticante (como ele mesmo diz no seu perfil no LinkedIn) e que gosta (até demais) de humor, memes, comunicação e contar história. Atualmente, ele escreve para marcas e fala o que pensa no seu perfil profissional no LinkedIn.
A ideia surgiu após Bruno perder seu emprego em 2021, como o profissional focou bastante no LinkedIn, acabou postando posts sinceros sobre o mercado de trabalho e encontrou muitas pessoas que concordavam com ele.
Seu foco principal é ironizar as vagas de emprego que exigem muito e pagam pouco, além das lendas dos recrutadores sobre retorno ao candidato rejeitado na seleção.
Bruno Lacerda e marca empregadora
O que podemos aprender sobre marca empregadora com o Bruno Lacerda? Muita coisa! E nós podemos mostrar quais são esses ensinamentos, logo abaixo:
1. Funcionário tem medo do RH
Como em sua própria experiência, o Bruno conta que tinha muita coisa que já queria falar sobre as empresas, mas pelo medo do RH, não falava.
Por isso, quando foi demitido, Bruno fez postagens com muita sinceridade sobre o mercado de trabalho e, principalmente, sobre o setor de Recursos Humanos.
Enquanto todo mundo elogiava as empresas e o RH no Linkedin, o Bruno começou a falar algumas verdades que antes não publicava por medo do RH.
O que podemos aprender com isso? Que o RH precisa mudar a postura em relação às críticas, ser mais transparente, investir em comunicação interna e ser mais humanizado para melhorar os colaboradores não sentirem medo, mas, sim, respeito.
2. A culpa não é do recrutador
Apesar de os seus primeiros posts serem sobre a culpa dos recrutadores, o Bruno percebeu mais adiante que não é bem assim.
Afinal, o recrutador é um profissional igual a todos os outros que está exercendo suas funções e seguindo as ordens dos seus superiores.
O que isso pode nos ensinar? Que a imagem que os profissionais têm dos recrutadores está abalada e precisa ser reajustada. Como é possível melhorar isso? As estratégias de employer branding e marca empregadora podem ajudar a melhorar a experiência dos candidatos durante os processos seletivos.
3. Employer Branding não é a piscina de bolinha
Muitas pessoas podem pensar que o Employer Branding é a piscina de bolinha, o escorregador ou a geladeira com cerveja, mas, na verdade, não é isso.
Afinal, atualmente, o escritório pode ser em qualquer lugar do Brasil ou até do mundo. Portanto, empresas que pensam em realizar apenas essas ações podem não entregar outros quesitos importantes na construção da marca empregadora, como cultura de feedback, clima organizacional saudável, humanização do RH, entre outros.
O que isso pode nos ensinar? As empresas podem enxergar quais as reais necessidades dos colaboradores e o que traz de fato melhorias para a qualidade de vida no trabalho, e fora dele.
4. Descrição de vagas de trabalho que omitem informações
Muitas empresas não dizem algumas informações importantes que podem impactar a decisão do candidato na hora de se candidatar a uma vaga, principalmente o valor do salário para ocupar o cargo.
O Bruno Lacerda explica no podcast que poderia ser divulgado ao menos uma faixa salarial para ajudar os profissionais na hora de se candidatarem e evitarem passar por diversas etapas.
O que isso pode nos ensinar? O ideal é procurar uma forma de mostrar as principais informações, inclusive o salário. Esse tipo de cuidado já está sendo realizado em Nova York, onde já foi exigido que as empresas revelem salário nas vagas de emprego.
5. Empresas vendem algo que não podem entregar
As empresas que vendem algo que, na verdade, não entregam são comuns no mercado de trabalho.
Aliás, empresas que são premiadas e possuem boa reputação no mercado também fazem parte desse problema porque não entregam o que prometem nos sites, nas redes sociais ou nos discursos dos CEOs.
O que isso pode nos ensinar? A dica do Bruno Lacerda é direcionada para os candidatos às vagas de trabalho: entrem em sites de avaliações das empresas para observar os comentários anônimos.
Já para as empresas, o ideal seria ver as reclamações e sugestões dos colaboradores nas redes e sites, a fim de fazer as mudanças necessárias.
Quem é Tatiany Lukrafka?
A Tatiany Lukrafka também tem muito a nos ensinar sobre marca empregadora. Graduada em Jornalismo, ela trabalha como assessora de comunicação há mais de 10 anos e também escreve para empresas de TI, como redatora freelancer.
No LinkedIn, ela se destacou escrevendo o Plantão Linkedinho, um produto de comunicação que para abordar notícias sobre trabalho e causos que circulam pela rede profissional.
Os textos são de autoria da Tatiany, sempre criando um conteúdo crítico, irônico e criado para fazer contraponto à Linkedisney.
Plantão Linkedinho e marca empregadora
O que podemos aprender sobre marca empregadora com Tatiany Lukrafka, do Plantão Linkedinho? Confira, logo abaixo:
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O conto de fadas do Linkedin
A Tati comenta que ao entrar na rede profissional, LinkedIn, se deparou com diversas histórias que romantizam o mercado de trabalho, que estavam muito felizes, que tinham o trabalho dos sonhos e que amavam seus trabalhos.
No entanto, ela tinha outra visão sobre o mercado de trabalho por conta das vivências das pessoas próximas a ela que não estavam bem em seus empregos.
O que isso pode nos ensinar? Que não é tudo que está no LinkedIn é verdade e as empresas podem verificar o que é postado na rede e se condiz com a realidade. Se não condizer, o recomendado é buscar as estratégias de Employer Branding para atender as necessidades dos funcionários.
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As demissões são sempre muito sensíveis
Sabemos que os casos de demissão são sempre sensíveis e os profissionais se sentem muito mal durante e após o desligamento.
Geralmente, os colaboradores demitidos se sentem deixados de lado ou usados, além de serem desligados em momentos complicados da vida, como a volta de um afastamento por motivos de saúde.
O que isso pode nos ensinar? É necessário buscar as ações do Employer Branding para aplicar na hora de demitir os profissionais, ou seja, na realização de uma demissão humanizada. Além disso, não realizar cortes com base em questões sensíveis, como afastamentos por cuidados da saúde mental ou volta da licença maternidade, por exemplo.
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Usar uma comunicação efetiva e honesta
Empresas que ainda não utilizam a comunicação interna como uma ferramenta para conversar com seus colaboradores pode cometer muitas falhas.
O que isso pode nos ensinar? A Tati do Plantão Linkedinho é especialista em comunicação, então o seu conselho como assessora é não informar informações equivocadas, principalmente em questões de crise.
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Há um conflito de interesses entre empresa e funcionário
Algumas empresas redigem as vagas de emprego com algumas expressões que são motivos de piadas na internet, como ‘faca na caveira’, ‘senso de dono’ e outras.
Aliás, existem empresas que fazem propaganda sobre a diversidade, por exemplo, mas ao vermos as fotos das equipes, é possível perceber que não existe nenhuma diversidade na instituição.
O que isso pode nos ensinar? É importante que as empresas entendam que os valores pregados na organização devem ser aplicados na prática, e não só na rede social.
O que acharam dos apontamentos do Bruno Lacerda e Tatiany Lukrafka? Eles nos ensinam muito sobre marca empregadora!