Você sabia que a comunicação interna (CI) e o Employer Branding (EB) se conectam? Por isso, vamos explicar as diferenças dessas estratégias e como elas podem trabalhar juntas para colaborar pela experiência do colaborador e os resultados do seu negócio. Confira!

Neste artigo, explicaremos a importância de duas estratégias para as empresas: a comunicação interna e o employer branding.

Provavelmente, você já deve ter escutado falar sobre esses termos, mas talvez não saiba a relação dessas ações em benefício dos funcionários e dos resultados da empresa.

Afinal, ainda são poucas instituições que investem efetivamente nesses tipos de estratégias que melhoram a vida do empregado e, consequentemente, impactam a satisfação do cliente. Abaixo!

Índice

O que é comunicação interna?

Se você não sabe o que é comunicação interna, então vamos contar tudo para você. A comunicação interna é uma estratégia utilizada dentro das empresas para comunicar e se relacionar com o público interno: os funcionários.

Para estabelecer esse relacionamento são utilizados canais de comunicação corporativa que possuem um papel importante nas mensagens destinadas aos profissionais.

Essa conexão possui o intuito de informar, motivar, estimular e engajar os trabalhadores, além de promover e difundir as ideias e valores da empresa.

Uma pesquisa do Project Management Institute Brasil (PMI) revelou que 76% das empresas fracassam em seus projetos porque há falhas na comunicação.

comunidade ebb

Falhas na comunicação da empresa

As falhas de comunicação interna podem gerar graves problemas e grandes prejuízos financeiros para as empresas.

Para evitar esses erros comuns no ambiente corporativo, listamos as principais falhas que devem ser evitadas na hora de realizar a comunicação corporativa. Veja quais são:

1. Não conhecer seu cliente interno

Todas as organizações possuem dois tipos de clientes: o interno (funcionários) e o externo (clientes). Sem esses dois públicos, as instituições não sobrevivem.

Por isso, é necessário investir em ações de comunicação para reter os talentos na empresa e criar um local de trabalho sem ruídos.

Um dos principais erros da comunicação interna é a falta de conhecimento sobre o cliente interno. As empresas investem em ações para conhecer o seu público-alvo, mas não sabem quem são os seus colaboradores.

Sendo assim, para uma organização ter bons resultados é preciso dar a mesma importância para o público externo e interno.

2. Não ouvir seus colaboradores

A segunda falha na comunicação interna é deixar de ouvir os seus empregados, gerando desmotivação, baixa produtividade e insatisfação dos funcionários.

Sem dúvida, os trabalhadores conhecem muito bem os processos internos e podem apontar melhorias.

Sendo assim, é necessário ouvir o que os profissionais têm a dizer, afinal, são eles que lidam todos os dias com o público externo.

Além disso, os colaboradores também conhecem muito bem os problemas, necessidades e desejos dos clientes.

3. Não utilizar as ferramentas corretas

Sem os meios corretos para comunicar com o público interno, as empresas podem cometer falhas graves.

Portanto, é necessário utilizar a ferramenta certa para cada público específico. Além disso, até mesmo dentro da instituição existem profissionais específicos, como aqueles que trabalham diretamente com computadores e aqueles que não utilizam esse instrumento para trabalhar.

Dessa forma, a organização precisa pensar em maneiras diferentes para garantir que as informações cheguem até todos os funcionários.

A importância da comunicação interna

Apesar de muitos profissionais já terem escutado falar sobre comunicação interna, muitos ainda não sabem exatamente a importância dessa estratégia para o bem da empresa.

Isso porque essa ação possui relação direta com os funcionários, mas impacta indiretamente o público externo, pois são os colaboradores os responsáveis pelo relacionamento com os clientes.

Portanto, quando existe uma boa comunicação e relação com os empregados, as estratégias de crescimento da organização podem ser alcançadas, já que elas preservam e impulsionam a cultura e os produtos da empresa.

Além disso, existem outros motivos que justificam a importância dessa estratégia, como a melhoria do clima organizacional, integração dos departamentos, motivação dos funcionários motivados, aumento da produtividade dos times, entre outros.

Como realizar a comunicação interna na empresa?

Apesar de muitas instituições acreditarem que realizar a comunicação interna na empresa é algo complexo, na verdade, é mais simples do que parece.

Por conta disso, listamos algumas ações que podem ser feitas para melhorar a troca de informações dentro da organização. Confira:

  1. Conheça bem a sua empresa e os seus funcionários;
  2. Crie um planejamento para esse projeto;
  3. Incentive a comunicação clara e acessível entre todos;
  4. Seja transparente com os colaboradores;
  5. Desburocratize o contato entre os setores;
  6. Ouça o que seu o público interno tem a falar;
  7. Utilize diferentes canais de comunicação;
  8. Crie ações e eventos de relacionamento;
  9. Reconheça os esforços dos trabalhadores;
  10. Acompanhe e otimize os indicadores da área responsável.
dialog

Comunicação interna: case da PepsiCo

Se você está buscando “comunicação interna exemplo”, vai gostar de saber um case de sucesso nessa estratégia: o PepApp da PepsiCo.

Criado inicialmente para integrar times de diferentes escritórios que passariam a trabalhar sob o mesmo teto, em 2016, o PepApp é o aplicativo de comunicação interna da PepsiCo desenvolvido pela Dialog. De lá pra cá, a ferramenta evoluiu em funcionalidades, usos e propósito.

Hoje, possui cerca de 12 mil colaboradores de diferentes setores têm acesso a uma comunicação rápida, fácil e simples por meio do celular. Para Marina Simões, gerente de Employer Branding, EVP e Cultura na PepsiCo, esse é um canal “muito necessário nesse momento e extremamente estratégico para a área de Comunicação Interna”.

Esse case de sucesso você vê completo clicando aqui.

O que é o employer branding?

Agora que você entendeu melhor a comunicação interna, é hora de falarmos sobre o employer branding.

Ao analisar o termo “Employer Branding”, em uma tradução literal, os profissionais podem ter a impressão que o próprio nome da área reflete seu objetivo máximo: posicionar de forma positiva marcas enquanto empregadoras para o mercado, mas não é apenas isso.

Essa estratégia consiste na construção de uma boa reputação sobre a empresa, a fim de se tornar uma referência sobre um bom lugar para trabalhar.

O termo em inglês “employer brand”, ou seja, “marca empregadora”, se refere às ações que a instituição realiza, como oferecer bom plano de carreira, qualidade de vida, benefícios, treinamento para colaboradores, entre outros incentivos.

Definitivamente, essa estratégia coloca a empresa em uma posição melhor em relação à concorrência, além de reter talentos, aumentar a produtividade, melhorar o bem-estar dos funcionários, impactar positivamente o atendimento ao cliente e trazer retornos financeiros para a organização.

Falhas no employer branding

Muitos problemas podem ocorrer devido às falhas na hora de realizar ​​o employer branding na empresa.

Para você não cometer os mesmos erros comuns dentro das instituições, confira quais são eles:

1. Não enxergar os candidatos como clientes

Assim como os clientes pesquisam sobre os produtos e as empresas antes de realizarem uma compra, os candidatos também procuram informações sobre as instituições quando estão se candidatando às vagas.

Por isso, como o cenário não é diferente quando falamos de quem procura um novo emprego e pesquisa sobre a instituição, as empresas precisam enxergar esse público como se fossem “consumidores”.

Além disso, atualmente, os profissionais estão cada vez mais exigentes sobre onde desejam se vincular, principalmente em relação aos valores da marca.

Não ter consciência disso e não tratar os candidatos como clientes é um erro que custará a perda de candidaturas importantes.

2. Confundir employer branding com marketing

Confundir employer branding com marketing é um dos erros comuns na hora dos profissionais investirem em estratégias para melhorar a marca empregadora.

O employer branding cria estratégias para atrair e reter talentos, a fim de impactar positivamente nos resultados da empresa.

Por outro lado, o setor de marketing faz com que as pessoas conheçam a instituição e queiram se tornar clientes.

Não entender as diferenças dessas estratégias pode comprometer seriamente a marca de uma empresa no mercado.

3. Seguir o conceito, mas não colocar em prática

Muitas empresas em busca pela melhoria da reputação no mercado divulgam que seguem o conceito do employer branding.

No entanto, algumas instituições apenas apoiam a ideia e engavetam seus projetos para colocar em prática.

Ao seguir apenas um conceito abstrato que, na prática, não é seguido, pode gerar crises de imagem que prejudicam muito a empresa.

Afinal, o público interno sabe o que é colocado em prática e o que é seguido no dia a dia, então pode propagar essa informação com base na imagem que a empresa quer mostrar e o que realmente realiza.

A importância do employer branding

Na busca pelo destaque entre a concorrência, entender a importância do employer branding e colocá-la em prática pode fazer muita diferença nos resultados dos negócios.

Além da estimulação dos defensores da empresa, o EB também pode causar um impacto positivo nos índices de produtividade, satisfação, motivação, turnover, entre outros.

Afinal, ao estarem satisfeitos com o trabalho e orgulhosos de trabalhar em determinada empresa, os colaboradores se esforçam e querem corresponder às expectativas do empregador.

Em questões financeiras, o employer branding pode contribuir na diminuição de gastos com novas contratações por pedidos de demissão e redução dos custos com retrabalho de processos de seleção.

Como implementar o employer branding na empresa?

Antes de dar dicas para implementar o employer branding é importante ressaltar que essa estratégia precisa ser levada como uma tarefa a longo prazo, ou seja, exige consistência e consciência dos princípios da empresa por parte da gestão.

A seguir, conheça algumas ações que podem ajudar a implementar o employer branding de forma bem-sucedida na sua empresa. Veja:

  1. Identifique e conheça a fundo os valores do seu negócio;
  2. Elabore um planejamento detalhado das ações a serem realizadas;
  3. Faça um diagnóstico sobre o ambiente do trabalho atual;
  4. Defina os grupos de colaboradores que precisam ser priorizados;
  5. Aperfeiçoe a comunicação interna;
  6. Agregue valor para os funcionários;
  7. Peça e ofereça feedbacks;
  8. Coloque os funcionários em primeiro lugar;
  9. Ofereça um bom ambiente para seus colaboradores;
  10. Explore o potencial da tecnologia em favor da estratégia.

Público interno X público externo

Quando falamos sobre employer branding, não podemos nos esquecer que essa área apresenta uma característica ímpar, a capacidade de conectar-se simultaneamente com seus candidatos, quanto com seus colaboradores.

No entanto, muitas empresas acreditam que precisam apenas criar uma visão externa sobre a organização e, portanto, direcionam as ações de EB apenas para candidatos interessados nas vagas.

Afinal, é mais fácil criar diversos conteúdos para serem facilmente compartilhados nas redes sociais para gerar maior atratividade e visibilidade para as suas vagas, como notícias sobre a empresa, certificações, depoimentos dos colaboradores, eventos e outros.

Ao mesmo tempo, as instituições esquecem que um desbalanceamento entre as ações focadas no público externo e interno pode ser um fator crucial para a falta de sucesso das ações de marca empregadora.

Podemos usar um exemplo, ao ir ao supermercado, um consumidor precisa lembrar em pegar todos os produtos para fazer um churrasco com os amigos, como as carnes, o pão de alho, a farofa, o carvão, os refrigerantes e a cerveja. Porém, esse consumidor fica apenas concentrado em comprar os itens para aquele churrasco com os amigos e se esquece de comprar aquilo que precisa para passar a semana na sua casa, como o arroz e feijão, seus ovos para o café da manhã e os itens para o seu jantar.

Com o employer branding é a mesma coisa: não é recomendado pensar somente nas ações que são atrativas para quem está do lado de fora da organização e deseja entrar, mas também devemos pensar em quem “mora conosco” e compartilhar ações do dia a dia.

comunicação interna employer branding

Qual é a conexão entre comunicação interna e employer branding?

Como é possível criar uma conexão entre a comunicação interna e o employer branding? A resposta para essa pergunta é a ligação que está conectada com uma grande aliada da do employer branding: a comunicação Interna.

Isso porque a comunicação interna é o elo de passagem entre quem entra para fazer parte da instituição e quem já é integrante do quadro de funcionários.

Para isso, a garantia de uma boa experiência do colaborador deve ser idealizada e produzida do início ao fim da jornada, ou seja, desde o momento em que um profissional pensa em se tornar um funcionário até o momento em que há o desligamento entre as duas partes.

Se o employer branding é o topo do iceberg, então podemos dizer que a comunicação interna é o seu recheio, já que ambas estratégias são consequência e complemento da outra. Além disso, também é necessário manter em mente outro fator: o colaborador deve estar ao centro de todas as ações.

Quem realiza a CI e EB na empresa?

Existe outro ponto de conexão entre a comunicação interna e o employer branding é o setor responsável por cuidar dessas estratégias.

Geralmente, nas empresas menores, as áreas de marketing e Recursos Humanos podem se aliar para criar ideias e colocá-las em prática de acordo com os valores e as metas da empresa.

Essa conexão entre essas duas áreas ajuda a contribuir por um papel cada vez mais estratégico pela organização, trazendo excelentes possibilidades para os negócios.

Qual a diferença entre os conceitos?

Apesar da comunicação interna estar conectada com o employer branding, também é necessário entender as diferenças dessas estratégias.

Sem dúvidas, elas possuem uma conexão, mas a CI e o EB são complementares e apresentam algumas diferenças em suas aplicações.

Após entender os dois conceitos separados e a sua conexão, podemos dizer que com uma comunicação interna eficiente é possível realizar diversas ações de marketing interno, que vão contribuir diretamente pelo Employer Branding da empresa.

Nesse sentido, a comunicação interna e o Employer Branding caminham lado a lado, porém, possuem a diferença que o primeiro conceito é voltado apenas para o público interno, o segundo também serve para impactar os funcionários, mas com a diferença de ser utilizado para o público externo (candidatos, consumidores e clientes).

Conclusão: CI e EB se conectam!

A comunicação interna é aliada do employer branding. Isso porque através da comunicação interna temos a chance única de estreitar o relacionamento entre a marca e o colaborador, pela propagação dos valores, missão, visão e EVP – Employer Value Proposition (Propostas de Valor do Empregador).

Outro ponto que as empresas devem ter em mente quando o assunto é comunicação interna é os colaboradores serem mais do que receptores de informações, eles são co-autores de histórias, tanto por serem protagonistas das ações, quanto por poderem avaliar as organizações através dos seus filtros de experiências.

A comunicação interna auxilia as estratégias de employer branding por poder ir além de apenas informar sobre mudanças organizacionais ou sobre alguma alteração do vínculo trabalhista.

A estratégia da comunicação interna engaja e instrui quem está dentro de uma organização a ser protagonista, por conseguir conectar e melhorar a comunicação entre pessoas completamente diferentes e facilitar a construção de relacionamentos.

O que achou da conexão da comunicação interna com o employer branding? Lembre-se que se tratando de EB, tudo é sobre pessoas e tudo sobre experiências!