Cada vez mais as empresas têm se preocupado com o tema diversidade e inclusão no ambiente corporativo, que nada mais é (ou deveria ser) um reflexo da sociedade e seus comportamentos no ambiente de trabalho.

No artigo de hoje falemos mais sobre o tema e te ajudar a entender um pouco mais de como esse tipo de iniciativa pode contribuir com o crescimento positivo da marca empregadora da empresa, além de colaborar com a retenção de talentos e aumentar o valor agregado da marca. Confira!

O que é diversidade? 

Na definição segundo o dicionário Priberam: (latim diversitas, -atis), substantivo feminino.

Que significa: 

  1. Qualidade de diverso.
  2. Variedade (em oposição a identidade); multiplicidade.
  3. [Ecologia]  Conjunto formado pelos ecossistemas, pelas espécies, pelas populações ou pela diversidade genética em determinada área (ex.: diversidade biológica).”

Ou seja, a diversidade no contexto corporativo está ligado ao movimento de 

despadronização das comunidades, que vem acontecendo na sociedade de forma geral, e como reflexo chega aos ambientes corporativos. 

Permitir e estimular que cada pessoa seja o ser individual que é, é com certeza o certo a se fazer e deveria ter sido explorado há algum tempo.

Além de ser o que deveria ter sido normal desde sempre, a diversidade em conjunto com a inclusão podem proporcionar crescimento e agregar valor à marca empregadora de uma empresa. 

Mais do que “politicamente correto”

A diversidade e inclusão no ambiente corporativo é mais que a contratação de pessoas diversas em cada individualidade pelo cumprimento das cotas.

A iniciativa é como uma responsabilidade social da empresa, e representa ou proporciona um ambiente de transformação num ambiente de trabalho, envolvendo a aceitação e respeito além de condições iguais e mesmas oportunidades para todos os colaboradores.

Como melhorar a diversidade e Inclusão na sua empresa?

Por se tratar de uma mudança na cultura da empresa, é necessário ter paciência em relação à iniciativa contra os colaboradores. 

Isso porque essa transformação cultural envolve uma mudança no mindset dos colaboradores, ou seja, é algo que precisa ser disseminado e construído gradualmente em meio ao ambiente corporativo, para haver sinergia e assertividade na recepção do tema e novas premissas relacionadas à iniciativa. 

Para melhorar a diversidade e inclusão na empresa, sugerimos que a iniciativa esteja concretizada já na liderança, de onde vem os exemplos e direcionamentos relacionados à cultura organizacional

Além disso, é conveniente pensar em ações como palestras e outras formas de disseminar o assunto, além de introduzir ou reforçar o tema aos colaboradores, de forma que estejam cada vez mais habituados e familiarizados.

Também, é pertinente ministrar treinamentos acerca de assuntos que envolvam o tema, mais uma forma de reforçar a premissa na cultura organizacional e introduzir o colaborar ao assunto, garantindo que todos estejam na mesma página e que partam dos mesmos princípios. 

Outro aspecto bastante importante são os salários. É imprescindível que todos, independente de etnia, gênero, cor, deficiência, etc, sejam tratados da mesma forma, principalmente no quesito salarial.

Qual a relação entre Employer Branding e Diversidade & Inclusão

Cada vez mais o trabalhador busca e dá prioridade para empresas que se preocupam e que tem uma cultura integrativa. Logo, o tema diversidade e inclusão é bastante relevante e demonstra o lado humanizado da empresa, além de agregar para sua cultura e bom desempenho dos colaboradores, pois está entre os temas que proporcionam o acolhimento aos profissionais. 

Dessa forma, ter um ambiente mais diverso e inclusivo interfere diretamente em como os talentos no mercado de trabalho podem avaliar, ou não, participar dos seus processos seletivos e querer fazer parte da empresa. 

De acordo com um estudo do Twitter divulgado em 2021, a geração Z confia mais em empresas que se posicionam no mercado sobre pautas sociais e que tomam atitudes positivas em prol da sociedade, como tornar os ambientes mais diversos e inclusivos.

Ainda, um estudo realizado pela Accenture indicou que em mais de 20 países e com mais de 15 mil pessoas, onde o grande destaque foi o de que o potencial de inovação de uma empresa está diretamente ligado ao quão diverso e inclusiva é a organização. Outras conclusões são que diversidade e inclusão geram mais inovação e engajamento que aumentos salariais e os colaboradores de empresas diversas não sentem barreiras para inovar.

Como melhorar a acessibilidade digital na empresa?

Quando falamos em inclusão, é comum pensarmos na acessibilidade para pessoas com deficiência específica, ou seja, preparar e prever no ambiente físico algumas mudanças ou flexibilidades que atendam às especificidades de todos os colaboradores. 

Com a força da tecnologia e internet presente no ambiente corporativo é cada vez mais necessário falar na acessibilidade também no digital. O tema colabora e se integra à aceleração digital e assim como nos ambientes físicos, proporciona a adequação às especificidades de cada pessoa, colaborando para que todas as pessoas estejam de fato incluídas na sociedade. 

Como exemplos, podemos pensar em pessoas com subdivisão, cegas, tetraplégicas, analfabetos, daltônicos, idosos, entre outras que precisam de algumas adaptações para viver o digital e que pode ser, por exemplo, a tradução em libras, uma mudança em cores no site, a necessidade de áudio para os textos, etc.

A acessibilidade digital veio e vem cada vez com mais força, para apoiar essas necessidades através de widgets e outras ferramentas que podem fazer parte do site corporativo, por exemplo, colaborando para a autonomia e funcionalidade dos sites.

Dessa forma, é possível contratar alguns serviços que viabilizem a comunicação com todas as pessoas e públicos, facilitando o crescimento da marca e aumentando seu valor agregado, além de colaborar ainda mais com a atração e retenção de talentos e geração de novos negócios. 

Caso esteja começando a disseminar o tema na sua empresa, uma ideia seria pensar em “subgrupos” de diversidade, e pensar nas necessidades de cada um individualmente para garantir que esses grupos sejam atendidos, antes de partir para questões mais específicas.

Aqui estão alguns deles: 

  • Idade;
  • PCD;
  • Etnia;
  • Gênero;
  • Orientação sexual.

Idade

Apesar de pouco falada, a idade é considerada uma diversidade e a representatividade numa empresa pode ser bastante enriquecedora devido às trocas de experiências e forma de colocar determinado assunto em prática. 

PCD

Requer investimento e cuidado. O ideal é falar com alguém que tenha propriedade para entender as dores, mas no geral, podemos listar a necessidade de adaptações em banheiros que garantam a segurança e autonomia do colaborador, além de passagens acessíveis e possivelmente intérpretes de libras, por exemplo.

Etnia

Promover a troca cultural é também bastante enriquecedor, além de trazer diversos olhares em relação à marca e seus produtos ou serviços. No Brasil, o qual é um país multicultural, é comum vermos pessoas de todos os tipos pelas ruas e é natural que isso se reflita no ambiente corporativo.

Gênero

As equipes podem e precisam ser formadas por pessoas diversas tais quais: homens, mulheres, homossexuais, transgêneros e não binários, lembrando da importância de receberem os mesmos estímulos e oportunidades de crescimento internamente.

Orientação sexual

Diz respeito ao próprio gênero com o qual a pessoa se identifica. Esse é um tema que ainda pode ocasionar constrangimentos. Cabe à empresa proporcionar treinamentos e palestras com informação a fim de evitar situações infelizes e até preconceito no ambiente de trabalho.

É importante lembrar que em todos os casos é imprescindível que haja equidade no salário de quaisquer colaboradores envolvidos, independente da diversidade que possa estar atrelada. 

Quais os impactos nas marcas e nos negócios?

Ao viabilizar a comunicação no site corporativo, a empresa está se posicionando como uma empresa que preza pela diversidade e inclusão e reforça a importância que dá para o público com maiores especificidades. 

Isso reflete numa gama maior de consumidores, abrangendo as pessoas com deficiência, na atração e retenção de talentos que prezam por uma cultura inclusiva, além de destacar a marca para possíveis novos negócios, já que ainda são poucas as empresas que se preocupam com o tema, principalmente no âmbito digital.

Em linhas gerais, a real atenção com o tema pode render aumento nos lucros e competitividade da marca, além de garantir mais inovação e criatividade, engajamento e colaboração entre os colaboradores, além de trazer mais visibilidade e aceitação da marca pelo mercado, ocasionando inclusive o aumento do valor agregado da empresa. 

Isso se dá, pois as pessoas enxergam a empresa como humanizada e preocupada com a representatividade num mercado em que ainda sofre com a falta de preparo e assistência às diversidades. 

Quais os impactos nos colaboradores?

Como mencionado acima, a diversidade e inclusão são aspectos que devem existir no ambiente corporativo e que estão crescendo e ganhando visibilidade. A realidade corporativa é reflexo da sociedade e é fato que deveria haver um esforço muito maior para a inclusão, solidariedade e respeito, bem como as mesmas oportunidades entre todas as pessoas, sem distinção. 

Por conta disso, as pessoas esperam e buscam cada vez mais empresas engajadas e que uma real preocupação na diversidade, já não cabe mais a contratação apenas por cumprimento de cotas e esse movimento ganha cada vez mais força principalmente com a voz que todos ganham diante da tecnologia e internet. 

Num mundo ideal, deveria haver representatividade de pessoa com deficiência específica, inclusive na alta direção, porém ainda é difícil encontrar pessoas com deficiência em cargos altos. A ideia seria de que essa pessoa conseguisse passar o olhar e necessidades específicas no mundo rotineiro dos negócios e somasse forças para promover a transformação na cultura interna da empresa.

No entanto, estamos caminhando para esse ponto em diversas frentes — já é possível notar um aumento drástico nas buscas com empresas com mulheres na alta direção ou ainda negros, ou pessoas lgbtqia+, ou seja, cada vez mais os talentos buscam por empresas socialmente responsáveis e ativas. 

O tema acaba impactando diretamente no employer branding da marca, ou seja, é um critério super avaliado tanto para entrada de novos talentos quanto na retensão deles na empresa. 

O cuidado com a diversidade, aponta maior flexibilidade da empresa, o que principalmente num mundo pós-pandemia representa um pouco do que todos buscam, afinal o que deveria contar são as entregas, entre outros indicadores, sem considerar as características individuais e pessoais de cada um. 

Diversidade e inclusão também é lei

Ser socialmente responsável é uma característica buscada pelos talentos no mercado, mas, além disso, também é lei! 

É super importante destacar a relevância de não ficar apenas na contratação da porcentagem de cotas e prezar pela transformação real da cultura da empresa para que haja interatividade entre todos os perfis. Para isso, temos um parâmetro estabelecido por lei das quantidades ou cotas de diversidade nas empresas… Pensando por esse lado, pode ser um bom ponto de partida caso sua empresa esteja em vias de adaptação da cultura, veja: 

“Segundo o artigo 93 da Lei n.º 8.213/91, a empresa com 100 ou mais funcionários está obrigada a preencher de 2% a 5% dos seus cargos com beneficiários reabilitados, ou pessoas portadoras de deficiência, na seguinte proporção: 

  • Até 200 funcionários: 2%
  • De 201 a 500 funcionários: 3%
  • De 501 a 1.000 funcionários: 4%
  • De 1.001 funcionários em diante: 5%”

Além de todo o mencionado, quando olhamos para as porcentagens, conseguimos perceber que de forma geral, com a representatividade dos públicos presente no ambiente corporativo, esse se torna mais democrático e justo, além de flexível, refletindo as tendências da própria sociedade. 

Quais são os benefícios?

Já está claro que a questão é sobre inclusão e democracia, ou seja, a ideia de que a empresa precisa ter algum benefício por propagar a diversidade e inclusão ficou no passado. Trata-se de uma nova percepção, ou mudança no olhar para com as pessoas com deficiência específica e deve haver principalmente na sociedade na totalidade. 

Ainda assim, se pararmos para refletir de uma maneira um pouco mais abrangente, é possível notar alguns benefícios ou pontos positivos em adotar uma cultura mais inclusiva, como maior engajamento dos funcionários, por exemplo, maior visibilidade da marca empregadora e ainda, pontos voltados às adaptações muitas vezes feitas para suprir e apoiar os PCDs e atendem muitas vezes a todas as pessoas.

Veja como exemplo um elevador, instalado para absorver a demanda de pessoas que não conseguiriam subir uma escada, mas que, na prática, atende todo o público, já que normalmente as pessoas tendem a preferir o elevador a subir escadas, ainda que possam andar normalmente. 

Com a transformação na cultura da empresa, essas percepções se tornarão mais e mais comuns relacionadas às adaptações que, na verdade, podem ser vistas como melhorias ou até mesmo uma adequação nos comportamentos e hábitos dos colaboradores e com certeza impactarão todos os stakeholders de uma forma positiva e com alto valor agregado.

Sendo assim, podemos destacar os principais benefícios da diversidade e inclusão nas empresas aliada às ações de employer branding:

  1. Atração de novos talentos;
  2. Retenção de talentos;
  3. Satisfação dos colaboradores;
  4. Facilita o processo de recrutamento e seleção;
  5. Mídia espontânea;
  6. Taxas de rotatividade mais baixas;
  7. Crescimento do negócio mais rápido;
  8. Diversidade e inclusão;
  9. Diferencial competitivo;
  10. Melhorada atratividade para os clientes;
  11. Aumento da reputação da empresa;
  12. Atração e retenção de talentos;
  13. Aumento do engajamento dos profissionais;
  14. Crescimento no volume de candidaturas nas vagas de emprego;
  15. Redução do custo de recrutamento;
  16. Aumento da produtividade dos colaboradores;
  17. Aumento no número de indicações de profissionais talentosos;
  18. Aumento das vendas;
  19. Cultura organizacional sólida;
  20. Melhora das experiências do colaborador;

 

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