Neste artigo vamos falar um pouco do tema cultura organizacional que tem sido bastante abordado no mundo corporativo e está ganhando cada vez mais espaço nas estratégias empresariais humanizadas. Confira logo abaixo!
Cada vez mais as empresas têm se dedicado a “linkar” a cultura organizacional ao propósito do colaborador, a fim de criar vínculos mais assertivos para ambas as partes envolvidas.
Isso vai de encontro à tendência que as empresas têm seguido, entendendo e falando cada vez mais sobre as necessidades dos colaboradores, transformando a empresa em um ambiente mais humanizado, agradável e que favorece a formação de equipes, quando comparado aos modelos de trabalho e de gestão mais antigos.
Contudo, é preciso considerar que existem alguns tipos de cultura, não necessariamente a focada em pessoas, apesar desse ser o modelo em alta e que se destaca no mercado nas grandes empresas e nas mais novas e tecnológicas.
Continue a leitura e entenda um pouco mais do conceito, a seguir:
Índice
- O que é cultura organizacional?
- Qual a importância da cultura organizacional?
- Exemplos de empresas que possuem uma ótima cultura organizacional
- Quatro tipos de cultura organizacional
- Como criar a cultura organizacional na sua empresa?
- Como fortalecer a cultura organizacional da sua empresa?
- Quais são os benefícios da cultura organizacional para o seu negócio?
- Quais são os benefícios da cultura organizacional para os colaboradores?
O que é cultura organizacional?
A cultura organizacional, ou cultura da empresa, é um conjunto de elementos e está diretamente ligada aos valores, missão e visão da organização, ou seja, é a forma como a empresa reage e lida com todos os públicos no dia a dia corporativo.
A cultura da empresa diz muito sobre quem ela é no que ela acredita e deve ser levada em consideração pelos colaboradores, principalmente ao buscar por oportunidades no mercado, já que a cultura organizacional determina em muitos casos o dia a dia do funcionário.
Além disso, a cultura organizacional também é composta por comportamentos, práticas, símbolos, cerimônias, hábitos e princípios, ou seja, tudo o que compõem a marca, então é importante ter em mente que a cultura organizacional não se limita a um modelo humanizado, e sim trata-se do que é a marca e de como ela lida com os stakeholders e tomada de decisão.
Em dos tópicos abaixo, vamos conferir os 4 principais modelos de cultura organizacional, dentre eles um dos mais humanizados e disseminados no mercado.
Qual a importância da cultura organizacional?
Como comentamos acima, a cultura organizacional influencia diretamente no comportamento dos stakeholders em relação à marca no mercado, seja interna ou externamente.
A forma como as pessoas enxergam e se sentem em relação à marca, podem denegrir ou agregar valor à marca, e essa construção da imagem de forma positiva só tende a trazer benefícios a todos os envolvidos.
Além disso, a cultura organizacional está complementamente interligada com o employee experience e employer branding da empresa.
Afinal, o impacto é percebido nos relacionamentos com todos os públicos de uma empresa (stakeholders), por exemplo:
- Fornecedores;
- Alta direção;
- Clientes;
- Colaboradores;
- Comunidade.
Entenda melhor com os tópicos detalhados, abaixo:
Para fornecedores e comunidade
No caso dos fornecedores, a cultura organizacional pode impactar na forma como as tratativas são feitas e até na cobrança das entregas.
Já com a comunidade, o relacionamento direto com a empresa pode se mostrar muito mais próximo e de alto valor agregado por meio de investimentos locais e auxílio em projetos para a comunidade, ou algo mais distante em que muitas vezes a comunidade local pode até desconhecer a marca alocada nas proximidades.
É importante lembrar que além da cultura organizacional precisamos levar em conta o tamanho da empresa, principalmente nas questões que envolvem a comunidade local.
Aos clientes
Já em relação aos clientes, a cultura pode impactar na forma como trata e mantém os relacionamentos, sendo mais humanizados e prezando pela construção de relações mais longas.
Além disso, a cultura organizacional pode ser focada no atendimento de uma demanda específica, se preocupando com o pós-vendas e com a construção dos relacionamentos mais profundos com os clientes.
Para a alta direção
Qual a importância da cultura organizacional no caso da alta direção de uma empresa?
Bom, como é de se imaginar, a cultura parte e é decidida a partir das posições mais altas, que definem o tom de voz e propósito da empresa e, posteriormente, garantem que a cultura siga linearmente ao longo dos anos de acordo com o curso das decisões.
Isso é, precisamos considerar que as mudanças ou algumas estratégias que vão contra a cultura organizacional podem até ser propostas internamente, porém, é preciso lembrar que elas são aplicadas somente com o aval da alta direção.
Nesse sentido, esse é o público que garante de fato que a empresa caminhe na direção de seus objetivos estabelecidos no primeiro momento.
No entanto, isso não impede que ao viver em um novo momento com novos objetivos ou até em caso de compra e vendas, uma empresa não possa redirecionar suas estratégias e posicionamento ao mercado a partir de decisões da alta direção.
O rebranding (reestruturação de marca) pode e deve ser utilizado quando alinhado às expectativas e precisa ser devidamente comunicado aos stakeholders.
Aos colaboradores
Para os funcionários, a importância da cultura organizacional é o primeiro público impactado pelas decisões de uma alta direção no que diz respeito à cultura. Sejam elas decisões antigas ou mudanças de posicionamento.
É importante garantir que os colaboradores se sintam acolhidos, principalmente em ambientes de trabalho mais humanizados, o que geralmente faz bastante diferença.
Um dos impactos diretos que um colaborador pode sofrer, principalmente quando não se atenta à cultura organizacional quando comparada às suas próprias crenças, é o de se sentir insatisfeito e desmotivado pela forma como a empresa lida com seus públicos e toma decisões.
Existem empresas que trabalham de forma bastante agressiva e focada nas metas, onde o colaborador é constantemente cobrado e pressionado para atingir determinado objetivo.
Já em outras, essa cobrança pode vir de forma mais orgânica e menos centralizada, o que para algumas pessoas pode fazer bastante diferença.
Sendo assim, cada empresa possui um posicionamento em relação à sua cultura, garantindo um peso positivo ou negativo nos resultados dos seus empregados.
Exemplos de empresas que possuem uma ótima cultura organizacional
Muitas empresas ganham destaque quando o assunto é a cultura organizacional. Algumas delas são instituições tradicionais e inovadoras, outras com DNA mais jovem e que se adéquam aos públicos de forma impecável.
No caso das mais tradicionais, além da cultura ser inovadora e contemporânea, acompanhando o desenvolvimento do mercado, o que chama a atenção é a forma como lidam e disseminam sua cultura para um número altíssimo de pessoas que colaboram com a construção da marca todos os dias.
Enquanto que para as empresas mais recentes e de sucesso, um ponto de destaque é a capacidade de manter a motivação e engajamento dos colaboradores, até mesmo com a aplicação de 100% home office. Isso acaba gerando um relacionamento e forma uma gestão diferente em relação às empresas tradicionais.
Se você está pesquisando na internet ‘cultura organizacional exemplos’, saiba que existem grandes marcas que já possuem ótimos cases de sucesso sobre esse tipo de ação, são elas: Natura, Nestlé, 3M, Suzano – Papel e Celulose, Creditas, Venturus e Pixter.
4 tipos de cultura organizacional
Uma vez que o termo vem da antropologia, é natural que tenhamos alguns estudos realizados apontando algumas formas diferentes de cultura organizacional, confira abaixo uma divisão realizada pelo autor e filósofo, Charles Handy com os 4 principais tipos de cultura organizacional, são elas:
- cultura do poder;
- cultura de tarefas;
- cultura de pessoas;
- cultura de papéis.
Confira abaixo, tudo sobre esses sobre esses tipos de cultura organizacional:
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Cultura do poder
São as empresas mais focadas na geração de resultados e no atingir as metas, ou seja, não estão tão preocupados com os colaboradores ou com uma cultura mais humanizada.
É mais comum empresas pequenas e/ou familiares terem esse tipo de cultura ou visão, uma vez que no geral os colaboradores são estimulados a competirem entre si na busca pelos objetivos da instituição.
Em relação à liderança, nesse modelo de cultura organizacional, as decisões ficam centralizadas na autoridade ou na alta direção, geralmente, focadas no dono da empresa.
Esse tipo de cultura cria alguns problemas empresariais, como os clubes ou “panelinhas” que compõem a rede de influência do poder.
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Cultura de tarefas
Uma cultura mais organizada com foco na disposição de tarefas e responsável, ou seja, quando as tarefas e o dono delas são bem definidos, restringindo cada atividade ao seu próprio dono.
No geral, isso acaba dando mais liberdade para o colaborador, que não sofre tanta pressão para atingir os resultados, pois ele se auto gerencia na maior parte do tempo.
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Cultura de pessoas
São as empresas cujas culturas são mais humanizadas, pois tem o foco na valorização das pessoas e no desenvolvimento delas dentro e fora da empresa.
Nesse tipo de cultura, o colaborador tem liberdade para dar opiniões e contribuir de forma mais ativa com a empresa.
É neste modelo de cultura organizacional que é possível observar as ações de atração e retenção de talentos, o que é por si só uma ótima vantagem competitiva.
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Cultura de papéis
Nesse modelo, o que conta são os papéis e tarefas a serem cumpridos. Aqui o colaborador executa o que precisa ser realizado, sem abertura para atuação ativa, liberdade ou autonomia, pois já tem bem definido o que precisa ser feito.
Sendo assim, as empresas que seguem a cultura de papéis é mais difícil encontrar abertura para a inovação e a flexibilidade das tarefas.
Como criar a cultura organizacional na sua empresa?
Agora vamos falar de algumas estratégias que podem te ajudar a criar a cultura organizacional da sua empresa.
Muitas vezes, principalmente nos casos de empresas familiares, a cultura da empresa não tem sido levada a sério. Se esse for o seu caso, sugerimos que revisite (por meio de briefings iniciais) ou construa a cultura empresarial do zero.
Para isso, é necessário que tenha bem definido e por escrito os objetivos da empresa, missão, valores, crenças e também que observe a forma como a alta direção desenvolve, se posiciona e impõem as regras da convivência.
Pode ser muito válido uma reunião com a alta direção para definir esses tópicos, caso não estejam bem resolvidos e para te ajudar nessas definições, separamos de forma breve 8 pilares principais que são importantes na estratégia. Veja quais são eles:
- valores;
- comunicação;
- normas;
- crenças;
- rituais e cerimônias;
- tomadas de decisão;
- histórias e mitos;
- tabus.
Com esses tópicos, você terá um norte a seguir, caso comece do zero, ou que servirão de checklist para garantir os pontos que precisam ser abordados de forma geral.
Como fortalecer a cultura organizacional da sua empresa?
Após definir a cultura da empresa é necessário que se crie um movimento para disseminação e divulgação entre os colaboradores, começando internamente através dos murais internos físicos e digitais, além de promover ações para os funcionários.
Esse fortalecimento da cultura reforça os objetivos e missões da empresa, bem como os seus valores organizacionais.
A partir desse ponto, é possível pensar em estratégias para atração de talentos que tenham o mesmo fit cultural com a empresa— que nada mais é que o match entre a cultura organizacional e os valores do colaborador —, facilitando o engajamento e a motivação desses colaboradores no dia a dia.
Além disso, é válido pensar em um site corporativo atrativo para mostrar a empresa e seus valores, apresentar depoimentos dos trabalhadores, investimentos realizados em treinamentos internos e o engajamento dos funcionários nas redes sociais da empresa.
Quais são os benefícios da cultura organizacional para o seu negócio?
Quando se fala em cultura organizacional automaticamente já pensamos em uma empresa mais humanizada, além de ser mais preocupada com o bem-estar dos profissionais, com o match de culturas, em inovação e em seguir as tendências de mercado.
Apesar de ser uma estratégia que acaba “organizando a casa” e aproximando o colaborador da empresa por conta dessa identificação de persona, a empresa continuará tendo como objetivo a lucratividade e é por isso que não podemos esquecer que todos esses esforços voltados para a humanização da organização em relação às pessoas que trabalham nela trarão lucro ou saving (redução de preço), no final das contas.
Além disso, com essa estratégia bem definida, o intuito é que se tenha uma taxa de turnover (rotatividade) menor, além de ter no quadro de colaboradores as pessoas mais engajadas e motivadas, que consequentemente produzem mais e com desempenho melhor, podendo até provocar o famoso sentimento de “vestir a camisa da empresa”.
Aliás, quando pensamos num público diferente, por exemplo, os clientes, podemos perceber maior satisfação em trabalhar com uma empresa humanizada, que constrói relacionamentos duradouros, a qual vale a pena permanecer e solidificar as relações de negócio.
Quais são os benefícios da cultura organizacional para os colaboradores?
Além de trabalhar em um ambiente mais humanizado e que gera maior satisfação no geral, a cultura organizacional impacta em vários outros aspectos na rotina do trabalhador.
Por conta do clima organizacional, as ações e os objetivos são bem definidos, então o colaborador acaba sendo favorecido na tomada de decisões pela alta direção, uma vez que empresas com uma cultura organizacional estabelecida tendem a se preocupar mais e a levar mais em consideração o bem-estar do trabalhador no geral.
Esse aspecto acaba influenciando no ambiente de trabalho, que passa a ser mais leve e motivador, gerando engajamento e mais produtividade orgânica, o que além de tudo é mais saudável para ambas as partes.
Outro aspecto de melhoria causado a partir da cultura organizacional é a melhora na comunicação interna, que facilita as relações entre os colaboradores além de transformar ou possibilitar uma comunicação mais eficaz e transparente no ambiente de trabalho com a melhora na formação de equipe.
Todos esses pontos, colaboram para uma melhora significativa na imagem da empresa perante o mercado de trabalho, o que tende a atrair cada vez mais profissionais qualificados para a empresa.
Esse movimento acaba funcionando como um looping, afinal, uma vez que mais talentos estão em busca de uma oportunidade dentro da referida empresa, os profissionais que já se encontram nela buscarão cada vez mais aperfeiçoamento profissional, a fim de manter sua posição, elevar o desempenho no dia a dia, aumentar a produtividade e garantir bons resultados e gerar inovação para a marca.
O looping mencionado acima se refere, inclusive, às posições da alta direção, que tendem a se esforçar e a buscar conhecimento que os diferencie e os mantenha em sua posição ou que tragam melhores oportunidades no ambiente de trabalho em que já está inserido.
Agora você pode entender um pouco mais a fundo sobre o que é e como ser assertivo na construção de uma cultura organizacional, além de entender melhor a importância da disseminação da cultura de marca. Conta para nós qual aspecto achou mais pertinente e o que pretende realizar na sua estratégia?
