O que são comunidades?
Um grupo de pessoas ligadas por um mesmo propósito, basicamente é isso. Mas quando olhamos à nossa volta, percebemos várias e várias possibilidades a partir dessa definição. Para o trabalho ligado a Employer Branding dentro das empresas, consideramos comunidades como um grupo que se percebe como tal, com rituais e estrutura em torno de um objetivo comum, que pode estar ligado a uma área de atuação, a diversidade e inclusão, a lazer e etc.
Alguns exemplos são as comunidades de tecnologia, algumas têm o objetivo de alavancar o conhecimento dos seus membros, outras buscam aumentar a representatividade de mulheres nessas áreas. Existem ainda algumas comunidades sobre cultura nerd/geek que buscam trazer leveza ao dia a dia de trabalho. São muitas possibilidades para criar comunidades dentro das empresas, tudo depende do que as pessoas daquele espaço precisam, se identificam e percebem valor.
O que é Employer Branding (EB)?
Fazer gestão da marca empregadora é a prática de identificar e fortalecer os aspectos únicos que aquela empresa tem a oferecer para as pessoas que trabalham nela e também as que podem vir a trabalhar.
Parece simples né? Mas na prática não é nada simples.
Esse trabalho requer skills bem amplas, como entender sobre branding e comunicação, ao mesmo tempo processos de gestão de pessoas, além de muita análise de dados. E se já não bastasse todas essas áreas de conhecimento, a boa e velha leitura de ambiente, feita de forma sensível e “antenada” também é uma ótima habilidade para se trabalhar nessa área.
Como unir as duas coisas?
Quando falamos em comunidades, a palavra chave é lealdade. Engajar o maior número de pessoas possíveis e mantê-las envolvidas com a marca tem se mostrado uma das mais importantes estratégias de marketing dos últimos anos.
Para usar essa estratégia a favor da marca empregadora é necessário entender quais comunidades têm sinergia com a sua proposta de marca, se aproximar delas, entender suas estruturas e rituais e como a marca pode agregar a isso de forma genuína.
Não chegue falando de vagas.
Você precisa focar em relacionamento e isso é algo de médio a longo prazo. Uma única ação ou ações que só falam de vagas mas não agregam nada além disso, não vão fazer você ser percebido por essa comunidade positivamente.
Se dedique a esse relacionamento.
Faça conexões, crie possibilidades, esteja aberto a novidades, encare isso como uma troca real. É melhor se relacionar com poucas comunidades, mas fazer isso de forma ótima e relevante, do que gastar sua energia, tempo e dinheiro em ações com pouco potencial que não vão te entregar mais do que uma lista de leads frios.
Por onde começar então?
1° Dê uma revisitada no seu EVP, se não tiver um ainda, visite sua estratégia de gestão de marca seja qual for ela. (É preciso ter uma, se você não tem nada disso, volte algumas casas, ainda não está na hora de pensar comunidade em EB se você não tem nem EB ainda).
2° Entenda quais são os atributos que podem estar ligados a esse trabalho com comunidades. Exemplo: Minha marca promete formar novas lideranças femininas e dar oportunidades de carreira a elas, então comunidades que têm temas sobre desenvolvimento de liderança femininas me interessam.
3° Foco em qualidade, não em quantidade. Pense em tudo que você pode oferecer a essa comunidade durante um ano de relacionamento de forma sustentável, monte um plano. Não busque um grande volume de comunidades e não prometa coisas que não tem certeza que irá cumprir.
4° Volte às suas métricas para relacionamento. As pessoas vão querer trabalhar na sua empresa (e ficar lá) a partir do momento que a percepção delas sobre a marca for positiva. Essa construção leva tempo e esforço, mas uma vez construída, é o mais profundo nível de engajamento, é a formação de advogados da marca. Por isso, não se limite a leads coletados nas ações (você pode medir isso, só não faça disso o foco principal), entenda os números de satisfação, de impacto, de relevância da sua marca.
E tenha paciência para acompanhar a evolução e escalar esse trabalho.
Quer saber mais sobre meu trabalho com comunidades em EB? Fique a vontade para me chamar para uma conversa! Se você tem mais a agregar sobre esse tema, deixe seu comentário!
Obrigada por ler até aqui!
Autora: Caroline Cabral é formada em psicologia e pós graduada em Marketing, Branding e Growth. Atua com Employer Branding porque acredita em relações saudáveis com o trabalho e na importância que ele assume na vida das pessoas. Um pouco nerd, muito gamer e uma super contadora de histórias! Linkedin: https://www.linkedin.com/in/caroline-cabral-39b796163/